Consumidor do futuro e suas gerações
por Greice Tomazetti - Docente
Como as empresas devem se preparar para atender o consumidor do futuro? Com tantas gerações consumindo e com necessidades diferentes, como produzir produtos e serviços que tenham identidades de marcas para todos? Essa é apenas uma de várias perguntas que permeiam os pensamentos de gestores, vendedores e profissionais do varejo.
Philip Oliver, diretor da Dioty Imagem e Comunicação Global, destaca que agregar valor ao planeta é o desejo de todos e traz lucro a todos. Uma grande verdade frente a capacidade do ser humano nos seus processos criativos. Prova disso são as tendências do varejo para os próximos 5 anos. Já Márcia Sola, diretora de Varejo e Shopping do Ibope Inteligência, relata que dentre as tendências, destacam-se:
- o avanço do consumo de produtos reciclados ou usados (o produto reciclado está com cara de novo e vem ganhando a cena);
- o aumento de consumidores com mais de 60 anos (geração baby boomer, que tem dinheiro e tempo para gastá-lo, e que infelizmente o varejo trata mal);
- o avanço do mercado infantil como outra tendência ainda pouco explorada no Brasil (geração millennials, que apesar de não fazer parte do mercado de trabalho, representa o centro das famílias e influencia na decisão de compra dos pais);
- a identificação dos nichos de mercado (por exemplo, mais da metade dos brasileiros - 53% está acima do peso e 18% são considerados obesos - o que significa um universo 34 milhões de pessoas)
- o bom atendimento (pode parecer óbvia, mas não é para muitos varejistas)
Com o avanço do comércio eletrônico e das redes sociais, quando o consumidor vai a uma loja física, ele já tem muitas informações sobre o produto que deseja comprar. Por conta disso, espera algo a mais, isso é, ter uma boa experiência de compra. O vendedor sempre será o embaixador da marca e poucos lojistas estão preparados.
Portanto, não é só de beleza, atendimento cortês, inteligência e publicidade que vive o varejo hoje. Todos esses itens são capazes de ampliar o imaginário humano e na maioria das vezes estão presentes na oferta de valor ao cliente. Contudo, o mercado pede por melhores designers, pelo varejo mais organizado e estudioso, pesquisando a fundo os desejos dos consumidores. Emoções adequadas aos produtos devem fazer parte do cotidiano do consumidor, que gosta de beleza e tecnologia, pureza e simplicidade nas relações, ampliando o seu imaginário, independente da geração que esse consumidor faz parte.