
A doação de sangue é um gesto simples, rápido e voluntário que pode salvar vidas todos os dias. Em situações de emergência, cirurgias, tratamentos de doenças crônicas e acidentes graves, os estoques dos hemocentros são fundamentais para garantir o atendimento imediato a quem precisa. Promover a cultura da doação regular é essencial para manter os bancos de sangue abastecidos e oferecer esperança a milhares de pessoas em todo o país.
Segundo a docente do curso técnico de enfermagem do Senac Santana do Livramento, Vanessa Braz, pelo sangue não poder ser fabricado em laboratório — ele só pode ser obtido por meio da solidariedade de doadores —, a disponibilidade imediata de bolsas de sangue nos hemocentros é determinante para salvar vidas e garantir a continuidade de atendimentos hospitalares em todo o país. Diariamente, milhares de pessoas dependem de transfusões para sobreviver, como em casos de acidentes graves, cirurgias, tratamentos de câncer, anemias crônicas e complicações obstétricas “Os bancos de sangue precisam manter estoques regulares para atender à demanda constante e emergencial. Uma única doação pode salvar até quatro vidas”, afirma Vanessa.
De acordo com a docente, é essencial conscientizarmos a doação de sangue durante o inverno e meses de férias escolares, como junho, julho, dezembro e janeiro, pois nesses períodos os estoques de bolsas de sangues ficam mais críticos devido às consequências do frio e viagens, tornando a doação ainda mais importante “Nesses meses, muitas pessoas viajam, adoecem com gripes e resfriados (o que as impede de doar), ou acabam saindo da rotina e deixando de comparecer aos hemocentros” destaca.
Mitos sobre a doação de sangue
Apesar dos avanços na informação, muitos mitos ainda afastam potenciais doadores de sangue. A docente cita alguns mitos sobre a doação e explica que é fundamental desconstruí-los para ampliar o número de doadores:
“Doar sangue engorda ou emagrece”: mito. A doação de sangue não altera o peso corporal.
“A agulha transmite doenças”: falso. Todo o material utilizado é esterilizado, de uso único e descartável.
“Quem tem tatuagem ou piercing nunca pode doar”: É possível doar após um período de 6 a 12 meses, dependendo do local e das condições do procedimento.
“Idosos não podem doar”: Pessoas com até 69 anos podem doar, desde que tenham realizado a primeira doação antes dos 60 anos.
Vanessa finaliza ressaltando que transformar a doação em um hábito pode ser simples: marcar no calendário os intervalos permitidos (a cada 2 meses para homens e 3 meses para mulheres), organizar grupos com amigos ou colegas de trabalho e lembrar-se de datas especiais, como o Junho Vermelho. “Quando mais pessoas doam regularmente, o sistema de saúde consegue se organizar melhor para atender pacientes de forma ágil, segura e sem interrupções em procedimentos que exigem sangue. Doar com regularidade salva vidas”, conclui.