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Mulheres no Mercado de Trabalho: Como a Qualificação Profissional Empodera Mulheres?
Daniela Augusto Docente do Senac Comunidade
10/04/25
Educação

Historicamente, as mulheres foram privadas do espaço que lhes é de direito no mercado de trabalho. Durante séculos, fomos vistas apenas como responsáveis pelo lar, pelos filhos e pelo cuidado com a família. No entanto, após muita luta, protestos e até mesmo revoluções, o cenário atual é mais favorável do que no passado, embora ainda haja desafios a superar.

Enfrentamos diversas barreiras, como a desigualdade salarial em relação aos homens. De acordo com dados de 2024 do IBGE, as mulheres ganham, em média, 20% a menos que os homens exercendo a mesma função. Além disso, lidamos com a dupla jornada e a dificuldade de ascensão profissional, especialmente em cargos de liderança. Outro dado preocupante revela que apenas 39% dos cargos de gerência são ocupados por mulheres.

Para reduzir essas desigualdades e ampliar as oportunidades no mercado de trabalho, a educação e a qualificação profissional são ferramentas essenciais para o empoderamento feminino. Elas não apenas abrem portas para melhores empregos, mas também contribuem para a independência financeira e o fortalecimento da atuação feminina em diversas áreas.

Segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mulheres com maior nível de instrução tendem a ocupar posições mais bem remuneradas e a ter maior segurança no emprego. No entanto, mesmo com o avanço das oportunidades — como cursos acessíveis e aulas EAD —, a sobrecarga doméstica e a cultura organizacional de algumas empresas ainda representam grandes obstáculos para o crescimento profissional das mulheres.

Por outro lado, muitas organizações têm incentivado o protagonismo feminino e promovido um ambiente mais igualitário por meio de cursos internos, mentorias e programas de capacitação gratuita. Essas iniciativas são fundamentais para acelerar a equidade de gênero no mercado de trabalho.

O caminho para que as mulheres alcancem maior protagonismo profissional, enfrentando menos preconceito e desigualdade de gênero, está sendo construído. A qualificação profissional é uma peça-chave nesse processo, que, ao longo do tempo, beneficiará toda a sociedade, resultando em um ambiente mais justo, próspero e inclusivo.