Início
Artigos
Resposta às enchentes no Rio Grande do Sul: Impactos na saúde pública, enfermagem e ação voluntária
Carol Engers PiumatoCoordenadora do curso Técnico em Enfermagem do Senac Novo Hamburgo
20/06/24
Educacional

As enchentes no Rio Grande do Sul representam uma crise que afeta significativamente a saúde pública e mobiliza profissionais e voluntários de diversos locais do país para auxiliar nos cuidados da população atingida. 
Quando falamos dos danos às estruturas de serviços de saúde, podemos trazer como exemplo o Hospital de Pronto Socorro de Canoas - referência para cerca de 130 cidades, - que com as recentes inundações precisou ser evacuado e teve pacientes transferidos para outras unidades com a água já dentro do hospital. 
Em termos de saúde pública, as enchentes aumentam o risco de surtos de doenças infecciosas. Principalmente pela exposição às águas contaminadas por dejetos, que levam a surtos de doenças como leptospirose, gastroenterites, hepatite A, etc. 
Os profissionais de enfermagem desempenham um papel vital durante essas emergências, pois são responsáveis por fornecer cuidados imediatos, como a triagem inicial e a gestão de locais onde estão sendo recebidos pacientes. Em situações de desastre, também há a necessidade do suporte à saúde mental devido ao trauma e ansiedade resultantes da perda de casas e pertences. 
A mobilização de voluntários auxilia na montagem e operação de abrigos temporários, distribuição de alimentos e suprimentos médicos, e no apoio logístico. O treinamento adequado é fundamental para garantir que esses voluntários possam atuar de maneira eficaz e segura. 
Os eventos recentes no Rio Grande do Sul sublinham a importância de uma resposta integrada e coordenada para desastres naturais. Com esforços conjuntos de saúde pública, é possível mitigar os impactos das enchentes e promover a recuperação das comunidades afetadas.