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A inteligência pode ser artificial, o professor não
Emerson Reis Mestre em Indústria Criativa - Docente do Senac Novo Hamburgo
30/05/23
Educacional

A inteligência artificial, talvez um dos maiores fantasmas do trabalhador do século XXI, vem se popularizando ao longo dos anos. “Ela vai roubar nossos empregos?”. “Ela vai dominar o mundo?”. Entre muitos outros, esses são alguns dos questionamentos mais comuns.

Mesmo com a IA já bastante difundida em funções que as pessoas talvez nem percebam (como algoritmos de recomendação das redes sociais, por exemplo), uma nova plataforma, lançada em 2022, surge como símbolo de uma possível revolução: o Chat GPT. De maneira resumida, ela se propõe a responder qualquer tipo de interação do usuário, como se fosse um ser humano, buscando informações em uma fonte de dados gigantesca. Com isso, uma figura aparece como uma das mais preocupadas com tal tecnologia: o professor.

A precaução com os efeitos do Chat GPT em sala de aula é extremamente compreensível, pois é uma ferramenta que pode, sim, ser utilizada pelo aluno para fazer atividades de maneira automática, sem que o objetivo do docente, ao passar determinada tarefa, seja alcançado. Mas qual é a solução? Fingir que esse tipo de recurso não existe? De forma alguma. É preciso conhecer os alunos com os quais se está trabalhando, a fim de utilizar as tecnologias em favor do processo de aprendizagem, sem vilanizá-las. Definitivamente, não há mais como ter sucesso na docência utilizando métodos engessados e imutáveis, que nunca levam em consideração o público-alvo da sala de aula: o estudante.

Precisamos aceitar que o processo de aprendizagem pode - e deve - ser interessante (por que não até divertido?) para o aluno (e para o professor também). Mas para que isso ocorra, é preciso aceitar que nós, os docentes, não somos os protagonistas do ambiente de aprendizagem. Ao contrário, estamos em sala de aula para conduzir cada cidadão ali presente rumo aos seus objetivos. O professor precisa ser um “camaleão", se adaptando e tornando o caminho mais assertivo e eficiente para abordar assuntos e matérias com cada turma em que leciona. Adapto um conhecido ditado que diz algo próximo de: "mares calmos não fazem bons marinheiros", e afirmo: "professores rasos formam alunos superficiais". PS: esse artigo não foi escrito pelo Chat GPT.