O Dia Internacional da Mulher é uma data comemorativa que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970, pois essa data simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens. Inicialmente, essa data remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade laborativa, mas também contra o machismo e a violência.

Rememorando a história, a partir dos anos 1960, a comemoração do dia 8 de março já tinha se tornado tradicional, mas foi oficializada pela ONU apenas em 1975, quando essa organização declarou o Ano Internacional das Mulheres, como uma ação voltada ao combate das desigualdades e discriminação de gênero em todo mundo. Como parte desses esforços, o dia 8 de março foi oficializado como o Dia Internacional da Mulher.

De 1960 a 2023, podemos citar grandes transições no universo feminino. Tivemos mais liberdade de atuação, mais empoderamento, mais tempo para refletir sobre mercado de trabalho, maternidade, carreira, família, enfim, ficamos mais líderes das nossas próprias vontades, porém, nosso relógio biológico não acompanhou essas transformações.

Refletindo sobre essa mudança cultural na vida e na saúde feminina, é importante mencionarmos a Endometriose, que ainda é dita como a “doença da mulher moderna”. A endometriose é considerada assim, uma vez que as mulheres têm postergado a maternidade para poder se formar, trabalhar e conquistar uma estabilidade financeira. Isso faz com que tenham um maior número de ciclos menstruais, o que aumenta o risco do problema. Não é por acaso que diversos sintomas do quadro ocorrem especialmente no período menstrual. Os principais são: cólicas menstruais, dor pélvica, dor na relação sexual, dor ou dificuldade para evacuar, dor ou sangramento ao urinar e dificuldade para engravidar.

A endometriose é caracterizada pela presença de células do endométrio fora do útero. É um dos problemas ginecológicos mais frequentes, acometendo de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva. A causa da doença ainda não foi bem esclarecida. Supõe-se que fatores genéticos, hormonais e imunológicos possam facilitar seu desenvolvimento. Uma das consequências do quadro é a dificuldade para engravidar: a endometriose está presente em 30 a 50% das mulheres que não conseguem ter filhos.

Não raramente nos deparamos com notícias de celebridades, ou conhecidas que descobrem a doença depois de muitos anos de dores, aflições e diagnósticos errados. A endometriose, ou, a doença da mulher moderna, que acomete tantas mulheres ao redor do mundo necessita de um olhar mais atento e preciso. Precisamos acompanhar os sinais e conhecer o nosso corpo.

Dentre tantas conquistas que já tivemos ao longo dessas décadas, a primordial deve ser a nossa saúde, uma saúde preventiva, cuidados com o nosso corpo e a nossa mente, para que possamos celebrar cada conquista, a menor que possa parecer, pois nós mulheres, independente das escolhas que temos ao longo da vida, somos uma força da natureza, realizamos grandes movimentos, somos líderes em todos os espaços que estamos e a nossa saúde merece receber o primeiro lugar ao longo dos nossos dias!

Procure comemorar o seu dia cuidando de você, e sempre buscando auxílio médico quando perceber algo de diferente em seu corpo! A prevenção e um diagnóstico precoce, é sempre o melhor caminho.

Parabéns a todas nós, por todas as conquistas já realizadas e todas ainda que vamos realizar.

Fontes de pesquisa:

Leia mais em: https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/endometriose-endometrite-e-os-males-da-mulher-moderna/

Fonte de pesquisa: Veja mais sobre "8 de março – Dia Internacional da Mulher" em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-da-mulher.htm