A campanha do Novembro Azul apresenta o apelo ao cuidado acerca do câncer de próstata. Muitos homens são diagnosticados em estágios avançados, pois protelam o exame por conta do preconceito em relação ao exame.

O documentário o Silêncio dos Homens discute a masculinidade e a opressão emocional. Aquelas falas “menino não chora”, “homem que é homem não chora” e entre outras que escutamos por aí, retratam a forma que a sociedade coloca esse homem. Nessa perspectiva, é por meio do que é nos passam ao longo da vida que vamos aprendendo como devemos nos comportar para sermos aceitos e amados. Aqui abro a reflexão para seja feito o autoquestionamento de quantas vezes você negligenciou suas dores por não poder faltar trabalho? Ou por quantas vezes fingiu estar tudo bem para passar a imagem que dava conta de tudo?

Essas reflexões são necessárias, afinal quando guardamos, mascaramos, e/ou engolimos nossas necessidades muitas vezes temos como consequências os efeitos psicossomáticos, como doenças físicas e emocionais.

Ressalto que campanhas como essas nos abrem possibilidades para compreendemos não somente a importância de exames médicos, mas, sobretudo, que tipo de homens que estamos formando quando ensinamos que não devemos chorar, ser sensíveis ou demonstrar nossas vulnerabilidades. A dica é reaja ao desamparo da cultura não violentando seu corpo e privando-se de exames médicos, e sim, aproveite e seja o líder, o amigo, o empresário, o pai e o homem que construí uma sociedade de cuidado e autoestima.