Passado o mês de outubro, o mês do professor, venho fazer uma breve reflexão do real papel do professor e seus desafios diários que exigem uma reinvenção constante, além de outras atualizações à sua prática docente.
Com o período da pandemia, de 2020 a2021, onde os estudantes permaneceram em casa, com atividades on-line, o resultado foi defasagem em todos os componentes curriculares. Houve a necessidade de uma reavaliação por parte das escolas e, principalmente, dos professores quanto aos métodos de ensino e aprendizagem a serem utilizados nesse “novo normal”, que se apresentava com estudantes desestimulados a prática coletiva.
Com isso, houve a necessidade de uma reavaliação dos processos por meio de uma “Educação Positiva”, onde o professor estimula com atividades diferenciadas a vinculação professor-aluno e entre colegas, tornando um ambiente favorável à aprendizagem.
É importante entender que através do desenvolvimento de competências socioemocionais como autonomia, curiosidade, criatividade, tolerância, frustração, cooperação, entre outras, o aluno se torna centro do processo, se sentindo acolhido e tendo uma vinculação da aprendizagem a sua realidade social.
A educação evoluiu como sinônimo de bom comportamento, mas aproveito o mês que celebramos o Dia do Professor para fazer uma homenagem verdadeira a estes profissionais, com uma reflexão sobre a postura docente. Primeiramente, devemos considerar que todos lembramos das nossas experiências ruins e boas na escola, não é verdade? E qual o seu critério que define como uma lembrança boa ou ruim?
Já ouvimos falar de vários estilos de aula e tipos de professor, na qual as lembranças fortes de chamada de atenção, disciplina, avaliações e atividades escolares tiveram impactos diferentes em nossas vidas. Entretanto, consideramos a empatia, carinho e atenção na relação ensino-aprendizagem para definir qual foi a experiência mais marcante e transformadora? O amor pelo o que você faz, estuda e compartilha foi lembrado nesta rápida reflexão?
Já ouvimos falar de missão e propósitos de vida, mas quero colocar essa questão dentro da proposta educacional e postura profissional que o professor deve ter, quando aceita este desafio de ensinar e transformar vidas! Uma coisa pode ter certeza: sem amor e vínculo com os alunos não existirá evolução de aprendizagem e faltará sempre um sentido maior para estudar uma coisa e outra.
A Educação Positiva que destaco nesse texto é a educação do acolhimento, carinho e orientação com empatia e propósito para conduzir o processo com alegria, naturalidade, respeito e atenção ao contexto escolar que impacta no desenvolvimento dos alunos, além de considerar seus sonhos, ritmos e perfis sociais.
Ser aluno ou professor, antes, tinha uma posição fixa, mas hoje podemos vislumbrar uma dinâmica maior, com a empatia necessária para vivermos juntos a construção de diferentes conhecimentos, numa conquista maior envolvendo parcerias, amizades e experiências compartilhadas.
Parabenizo, sim, os professores e mestres que trabalham com amor incondicional nesta profissão desafiadora, buscando ir do acolhimento à aprendizagem com inteligência, empatia e alegria, não priorizando o tempo, mas sim a qualidade como este processo de transformar vidas acontece, marca e eterniza!
Um grande abraço e busquem aprender e ensinar sempre!
* Por Kleber Silva Cortez Pereira- Administrador com pós-graduação em gestão de projetos com formação pedagógica.